31.5.07

"A Imagem do Som"

E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão
In: Sonho Impossível - Chico Buarque e Ruy Guerra

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28.5.07

Caraca(s)

Foto: Agência O Globo
Não questiono o tendencionismo da RCTV, da mesma maneira que não o faço em relação à nossa Globo e a QUALQUER outro veículo da imprensa, tal como o "Conversa Afiada", a "Carta Capital", a "Veja", etc. TODOS são parciais, todos defendem seus próprios pontos de vista. É raríssimo ver um espaço efetivamente democrático, como eu considero o Blog do Nassif, por exemplo. Independente de ter seus pontos de vista particulares, ele abre espaço para a divergência, o que é extremamente salutar.
Agora, Chávez se comporta como aquele pai que, querendo evitar que o filho use drogas, o proíbe de frequentar boites, como se a droga estivesse circunscrita a um lugar e bastasse extirpá-lo de sua vida para que o "mal" não entre mais.
O que ele não sabe é que ações assim não têm valor algum. As pessoas escolhem o que melhor lhes convém, independente de proibições. Vide a época da ditadura no Brasil: isto não impediu nenhum jovem comunista de lutar por seus ideais. A liberdade de escolher entre a direita ou a esquerda é característica da democracia e não é impedindo nossos filhos de assistirem televisão que eles escolherão lutar por uma sociedade mais justa. Pelo contrário: o que é proibido sempre é melhor. Periga uma incitação aos princípios direitistas. Pena que o Chávez - e seu séquito - não percebam isto.
Antolhos não educam, apenas castram.

22.5.07

Mudanças estão por vir.

Vou seguir o chamado
Onde vai dar? E onde vai dar?
Não sei
Céu abriga o recado
Que é pra eu me guardar, mudanças estão por vir
Que tal aquele brinde que faltou? Será que teria sido assim?
Acho que vou resistir
Que tal aquele brinde que faltou? Será que teria sido assim?
É bem melhor resistir!
Onde é que vai dar? Onde é que vai dar?
In: O Chamado - Marina Lima / Giovanni Bizzotto

19.5.07

Carta a uma Vampira

Quando eu era adolescente, minha melhor amiga subitamente se tornou minha pior inimiga e passou a fazer de tudo para me atormentar. Uma de suas estratégias preferidas - e mais perversas - era inventar que ela, ou qualquer outra menina de seu clã, foram "cantadas" pelo menino por quem eu era apaixonada. Eu sofria horrores com isto, até porque, aos 13 anos, eu vivia o auge da minha timidez e insegurança e este menino era simplesmente um ídolo, absolutamente distante e platônico, inalcançável demais para mim (pelo menos, eu acreditava nisto). Então, estas pequenas crueldades só vinham ratificar o que eu pensava: que elas eram muito mais bonitas do que eu e que era óbvio que ele jamais se interessaria por mim, mas certamente se interessaria por elas. A sorte foi que a menina que se tornou minha "nova grande amiga" era muito popular. E gostava muito de mim. Então, foi averiguar junto ao garoto que história era aquela. E qual não foi a minha surpresa quando descobri que era tudo invenção! O cara sequer conhecia aquelas garotas e jamais tentara nada com elas.
Conto isto porque hoje, aos 29 anos, tenho um sentimento bastante semelhante ao que aquelas meninas provocavam em mim. Com a diferença que, com o passar dos anos, minha auto-confiança aumentou consideravelmente e hoje em dia me sinto incrivelmente irresistível! (tá bom, estou só brincando, para aliviar um post meio pesado! Continuando...) E este sentimento vem à tona porque novamente me deparo com uma mulher sem escrúpulos que insiste em tentar me atingir usando uma pseudo paixão platônica. Só que, o que esta mentecapta não sabe é que, diferentemente de 16 anos atrás, eu hoje sou uma mulher muito mais segura, satisfeita com o que tenho e sou e, principalmente, não caio mais nas armadilhas destas criaturas vampirescas, que vivem de sugar a energia alheia.
Vá tirar farinha com a vovozinha! Você pra mim não vale nada! É uma impostora, uma enganação, que só aquele tolo do seu namorado acredita. Mas ele pra mim também já passou! Ele também é uma enganação, só que, ao contrário de você, ele engana a si mesmo, repetindo constantemente que escolheu o caminho certo e que valeu a pena. Azar o dele! Quem jogou a vida fora foi ele, não eu! A minha vida é infinitamente melhor agora, quando eu não preciso mais conviver com as suas mentiras e nem com a covardia e a fraqueza dele. Vá embora! Suma! Você não me assombra mais! Você não me atinge mais. Mil vezes a angústia desta minha busca que o desespero que você me impingia.
E, em homenagem a todas as estas impostoras que já fizeram parte da minha vida, eu deixo um trecho desta canção:
"Cuidado, oxente!/Está no meu querer poder fazer você desabar/Do salto, nem tente/Manter as coisas como estão porque não dá, não vai dar/Largada, demente/A melodia do meu samba põe você no lugar/Me larga, não enche/Me deixa cantar, me deixa cantar, me deixa cantar, me deixa cantar/Eu vouClarificar/A minha voz/Gritando: nada mais de nós!/Mando meu bando anunciar/Vou me livrar de você/Harpia, aranha!/Sabedoria de rapina e de enredar, de enredar/Perua, piranha,/Minha energia é que mantém você suspensa no ar/Pra rua! se manda!/Sai do meu sangue sanguessuga, que só sabe sugar/Pirata, malandra!/Me deixa gozar, me deixa gozar, me deixa gozar, me deixa gozar/Vagaba, vampira!/O velho esquema desmorona desta vez pra valer/Tarada, mesquinha!pensa que é a dona e eu lhe pergunto: quem lhe deu tanto axé?/À-toa, vadia!/Começa uma outra história aqui na luz deste dia "D"/Na boa, na minha,/Eu vou viver dez,/Eu vou viver cem,Eu vou vou viver mil,Eu vou viver sem você."*
Ps: depois, aproveita e pede pra ele te contar sobre todas as vezes que ele me confidenciou o quanto ele estava infeliz, o quanto ele estava mal com ele mesmo. E, principalmente, pede para ele te contar sobre os apertados e demorados abraços que nós trocávamos, quando você não estava por perto. Não esquece, hein!
Ps2: aproveita e ensaina a ele sobre o bouquet de um vinho usando algum exemplar melhorzinho. Se Beaujolais não for possível, arruma um intermediário, porque Santa Helena é lixo!
*In: Não Enche - Composição: Caetano Veloso

17.5.07

Eu Te Amo.

Noutro dia, minha mãe se queixou que eu escrevo para "todo mundo" e que nunca escrevi para ela. E que era um absurdo ela ter que me pedir que escrevesse para ela.
Tá bom, mãe, você tem toda razão. Aqui vai seu post de Dia das Mães:
Nestes últimos tempos, de tudo o que tenho passado, o que mais me dói é encarar a face decepcionada da minha mãe toda vez que tenho que contar para ela um novo fracasso, uma nova tentativa que se mostra mal-sucedida.
Da mesma maneira, o que mais me conforta nestes dias desleais, é encontrar seu apoio e descobrir que, acima de tudo, ela ainda acredita em mim, mesmo naqueles momentos em que nem eu mesma sou capaz de acreditar.
Obrigada, mãe, por TUDO. Sem você, eu não seria ninguém.
Eu te Amo!

Me Redimindo.

Mais mansa. Mais calma. E, por que não dizer? Mais feliz...
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acho que eu preciso tirar uma lição disto. Ou várias lições. Mas, a principal, seria: demonstre mais sua humanidade. Porque quando as pessoas descobrem que você é igualzinha aos outros, e que quando dói, você chora (escondido) igualzinho a qualquer um, aí, já é tarde demais. E você já se foi.

15.5.07

Eu Tenho Muita Raiva.

De quem poderia me ajudar e, simplesmente por absoluto egoísmo, se nega a fazê-lo; de quem mente, engana, induz e depois, desmente, simplesmente porque é covarde demais pra se assumir; de quem poderia ser um pouco mais ativo, um pouco mais pró-ativo, mas porque o problema não é seu, se encarcera naquele reino confortável do “não sei, não entendo, não é meu meio, fiz tudo o que podia”, etc., e continua fingindo que ajuda, “sub-ajudando”, só para a consciência não sinalizar que algo vai mal.
Eu tenho muita raiva. E eu detesto ter raiva. É, talvez, o sentimento que eu tenho mais dificuldade de lidar, o que mais eu desejo manter afastado, mas que, constantemente, se mostra presente. Não sei o que fazer com ele. Não sei o que fazer com esta dor no estômago, esta vontade de gritar que tudo vai mal e que ninguém me ajuda a melhorar. Pelo contrário: se puder ainda tirar uma casquinha, ainda se aproveita. Sabe aquilo: “eu sei que você não está bem, mas será que você poderia?”... E aí, vem o pedido e eu, que nem uma estúpida que sou, respondo: “claro, por que não? Por que não ajudar quem está precisando? Não vai cair a minha mão, se eu a der para alguém.”
Mas os outros não pensam assim. Ah, não! A mão deles é descartável: eles usam para pegar aquilo que eles desejam e depois, a jogam no lixo. Para que ela não possa nunca mais ajudar a ninguém.
E este é um post muito feio, que eu não gostaria de escrever, ou publicar. Mas é exatamente o que sinto neste momento e assim, quem sabe, o mundo pode ficar sabendo o quão humana eu sou. E o quão difícil tudo está.

14.5.07

Lenta, Gradual e Segura.

Está na coluna do Diogo Mainardi:
"Lula é cria de Ernesto Geisel. Agora ele tomou o caminho inverso ao de seu criador. Ernesto Geisel conduziu o Brasil a uma abertura lenta, gradual e segura. Lula está conduzindo o Brasil a um fechamento lento, gradual e seguro". http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/160507/mainardi.shtml
Não é só o Geisel que usa esta expressão. Não é só o Lula (ou, melhor dizendo, o Mainardi). E todos são detestáveis.

Joãozinho

Meu filho vai ser assim!

1.5.07

João Paulo

Esta minha ida a Teresópolis serviu para eu tomar uma decisão importantíssima na minha vida: escolhi o nome do meu filho. Explico-me:
Há alguns (vários) anos, decidi que minha primeira filha chamaria-se Stephanie. Acho um nome bonito: é sonoro, mas extremamente feminino. Faz-me pensar em princesas, mas princesas com iniciativa, fortes, que sabem o que querem. Mas, nem por isto, masculinizam-se. Elegantes, delicadas, com classe mas com temperamento forte. E assim eu decidi: minha primogênita será Stephanie.
Como sempre fico na dúvida se terei só 2 meninas ou 2 meninas e 1 menino, fiquei a pensar sobre o nome dos outros. A segunda menina não se parecerá fisicamente comigo, mas com o pai. Será morena, de cabelos lisos e escuros. Já pensei que ela poderia se chamar Júlia (outro nome clássico e forte), mas daí nasceram milhões de Júlias e não quero um nome muito comum. Então, foi um desfile de outras possibilidades: Cárita, Amora, Sophia (quando precisei de um nome com PH para combinar com o resto da família...mas isto já é outra história). Mas nunca cheguei a uma conclusão. Acabei decidindo que, já que ela será parecida com o pai, é justo que ele escolha o nome. E, contanto que não seja um nome horroroso, acho que assim será.
Mas um problema permanecia: o nome do meu filho (caso eu venha a tê-lo). Cogitei chamá-lo de Joshua, mas receio que seja muito estranho para nossa cultura. Então, neste fim de semana, tive um insight: se eu tiver um filho homem, seu nome será João Paulo!
Acho um nome LINDO! Gosto tanto que é o único nome composto que faço questão de falá-lo completo e não reduzí-lo somente a João. É forte, é sonoro, é lindo!!! Claro que existe um sério risco dele ser reduzido a Júnior, mas isto pode ser evitado mudando o sobrenome. E, como eu já disse lá em cima, isto também é outra história...

Na próxima encarnação, eu...

serei adepta do sexo casual;
revidarei todas as agressões que me fizerem: verbais e físicas;
serei uma artista;
serei infiel;
direi todas as "verdades" para os outros, como eles se sentem no direito de dizer para mim;
não vou me preocupar com a imagem que os outros têm de mim;
meu Isso será mais forte que meu Super-eu;
já disse que serei infiel?
***
Mas, por enquanto, sigo sendo a Daphne. Feliz ou infelizmente...

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Casa das Flores...

...e dos Beijos!