17.3.11

Cenas da Minha Vida

SOCIEDADE DAS IDÉIAS MORTAS

do Blog do Reinaldo Azevedo
Muitos de vocês devem ter visto um filme demagógico a mais não poder de Peter Weir chamado Sociedade dos Poetas Mortos. Robin Williams, o pior e mais chato ator do Ocidente, é o professor “revolucionário” que chega a uma escola conservadora para ensinar a rapaziada “a pensar”. Professor que quer ensinar “a pensar” em vez de ensinar a sua disciplina merece chicote — é uma metáfora… O tal considera o livro de literatura conservador, errado, sei lá o quê. E incita a garotada, um bando de adolescentes, a rasgar e jogar fora o que não prestaria.
Weir leva o telespectador a admirar essa atitude do professor, como se aquele realmente fosse um bom caminho. As platéias de “descolados” “a-ma-ram” aquela porcaria. Certa feita, num debate sobre educação, descasquei o filme e quase apanhei de alguns “educadores modernos”…
Como diz Milton Nascimento, "eu sou da América do Sul, eu sei, vocês não vão saber(...)", ou seja, Tio Rei não vai saber deste meu comentário. Mas, mesmo assim, quero fazê-lo. Em geral, concordo com o que ele escreve, mas desta vez não. "Sociedade" é um dos meus filmes favoritos. A cena final, quando o mais inseguro dos alunos sobe na carteira e diz "Oh, captain, my captain"!, é um ícone para mim. Tanto quanto o salto de Baby, a protagonista de Dirty Dancing na também cena final, em direção ao Patrick "Johnny-Castle-no-one-puts-Baby-on-the-corner" Swayze. Tanto quanto quando o filho do leão morto pelo irmão invejoso é instigado pelo macaco naquela cena do lago, ao ouvir a pergunta: "quem é você?", no filme O Rei Leão. Cenas que marcaram. Que me faziam desejar ser algo além do que eu era, do que eu sou.