23.8.08

isso de querer ser
exatamente aquilo
que a gente é
ainda vai nos levar além.

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9.8.08

Bandeira Branca, Amor...

I´ll go down with this ship
But I won´t put my hands up, and surrender.
There´ll be no white flag above my door.
I´m in love,
And I always will be.
White Flag - Dido

8.8.08

O Dia Em Que Sonhei ( E Me Apaixonei) Pelo Diogo Mainardi.

Observação 1: este post é altamente alucinógeno. Não recomendado para pessoas pessoas com hipersensibilidade aos ingredientes.
Observação 2: estou em guerra intestina entre publicá-lo ou não, devido aos motivos supra-citados. Mas acho que minha reputação não vai ficar (ainda) pior por causa disto. Espero.
Sonhei que estava numa casa relativamente grande. Com muitas entradas, muitos cômodos dispersos e uma piscina. Caminhando ao redor desta piscina, deparei-me com a anfitriã da casa: alguém que me nego a colocar o nome aqui, mas pode ser chamada de “malhadinho”.
Primeiro choque: o que faz esta criatura em meus sonhos vesperais? (Sim, adormeci após chegar exausta do trabalho, no cair da tarde). Retomando: o que ela faz ali? Blargh! Quem lhe autorizou a incomodar-me em meu descanso? Blargh de novo!
Continuando. Nesta casa, esta criatura me apresenta àquele que seria seu marido ou dono da casa: um homem já de uns 60 anos, totalmente desconhecido para mim, mas que, no meu sonho, era-me familiar. Neste mesmo local, encontro um grupo de 4 jovens – 2 rapazes e 2 moças, sendo uma muito mal-vestida – e esta última me diz que gostaria de trabalhar comigo, mas ela refere experiência numa área que não tem nada a ver com psicologia e eu acabo sem entender o porquê dela pretender trabalhar comigo.
Sigo. Encontro-me numa sala, onde está ocorrendo uma recepção. Pessoas ricas e esnobes. Fico num sofá, isolada propositalmente. Atrás de mim, uma varanda. Nisto, surge ele: Diogo Mainardi.
(Pausa para gargalhadas. Ensandeci completamente. Chamem um psicanalista para me interpretar urgentemente!)
Mas ele era diferente. Mais alto. Mais esbelto. Um cabelo mais arrumado e menos “monocelha” (o que, para mim, é seu pior defeito, junto com a baixa estatura.)
Ele aparece e é irresistivelmente (!) simpático (!!!) comigo. “Rola um clima” (rarara). Ele me pergunta por que estou isolada, começamos a conversar, destacados dos outros. No momento seguinte, ele deixa de estar dentro da sala e está fora, na varanda. Conversamos através das vidraças que separam os cômodos. Nisto, surgem um helicóptero militar (!!!), que começa a sobrevoar bem baixo e um comboio do exército, “guiado” por um homem que parecia ter sido capturado pelos militares e agia como um delator, como se estivesse levando os militares para pegarem alguém.
Fico muito amedrontada e falo isto para o Diogo. Peço que ele segure minhas mãos. Ele me acalma. Os militares começam a atirar em nossa direção. Eu me jogo no chão, sobre ele. Alguém grita algo como “aê!, ta pegando!” (hehehe, minha alface devia estar adulterada hoje! Será que tomei meu remédio de manhã? Será que loucura é contagioso? Será que me contaminei no Memorial? Acidente de trabalho! Lesão por esforço repetitivo – no cérebro, claro!!!)
Por fim, os militares partem. O sonho termina comigo descendo uma rua, à noite, solitária, procurando minha família.

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2.8.08

Agora eu vou ser castigada pela minha auto-compaixão.

“Devia ter vergonha”, disse Alice, “uma menina grande como você" (podia bem dizer isto) “chorando desta maneira! Pare já, já, estou mandando”! Mesmo assim continuou, derramando galões de lágrimas, até que à sua volta se formou uma grande lagoa, com cerca de meio palmo de profundidade e se estendendo até a metade do salão.
(...)
Quando dizia estas palavras, pisou em falso e, num instante, tchibum! Estava com água salgada até o queixo. A primeira idéia que lhe ocorreu foi de que, de alguma maneira, caíra no mar. (...) Contudo, logo se deu conta de que estava na lagoa de lágrimas que chorara quando tinha quase três metros.
“Gostaria de não ter chorado tanto”! disse Alice, enquanto nadava de um lado para o outro, tentando encontrar uma saída. “Parece que vou ser castigada por isso agora, afogando-me nas minhas próprias lágrimas!”
Alice no País das MaravilhasLewis Carroll, págs. 20 – 24.
Ps: este livro eu também o postaria inteiro!

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Se você não sabe aonde quer chegar, qualquer caminho serve. Ou nenhum caminho servirá.

“Bichano de Chesire”, começou muito tímida, pois não estava nada certa de que esse nome iria agradá-lo; mas ele só abriu um pouco mais o sorriso. “Bom, até agora ele está satisfeito”, pensou e continuou: “Poderia me dizer, por favor, que caminho devo tomar pra ir embora daqui?”
“Depende bastante de para onde quer ir”, respondeu o Gato.
“Não me importa muito para onde”, disse Alice.
“Então, não importa que caminho tome”, disse o Gato.
Alice no País das Maravilhas
Lewis Carroll, págs 62 e 63.

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1.8.08

Para Onde Caminha o Pé.

Pulava uma ovelha, não caía na lagoa, caía na pedra, quebrava o pé e chorava: mé! Pulava outra ovelha, não caía na lagoa, caía na pedra, quebrava o pé e chorava: mé! E assim, quarenta e duas ovelhas pularam, quebraram o pé, chorando: mé! mé! mé!
Chegou a vez de Maria pular.
Ela deu uma requebrada,

entrou num restaurante e comeu uma feijoada.

Agora, mé, Maria vai para onde caminha o seu pé!

Maria Vai Com as Outras - Sylvia Orthof - págs. 22 a 32

Ps: eu postaria o livro todo, se pudesse!!!
Ps2: agradecimentos especiais à Ana, que me deu este livro maravilhoso de presente! Obrigada!

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Conselhos de uma Lagarta

A Lagarta e Alice ficaram olhando uma para outra algum tempo em silêncio. Finalmente a Lagarta tirou o narguilé da boca e se dirigiu a ela numa voz lânguida, sonolenta.
“Quem é você”? perguntou a Lagarta.
Não era um começo de conversa muito animador. Alice respondeu, meio encabulada: “Eu...eu mal sei, Sir, neste exato momento... pelo menos sei quem eu era quando me levantei esta manhã, mas acho que já passei por várias mudanças desde então”.
“Que quer dizer com isso”? esbravejou a Lagarta. “Explique-se”!
“Receio não poder me explicar”, respondeu Alice, “porque não sou eu mesma, entende”?
“Não entendo”, disse a Lagarta.
“Receio não poder ser mais clara”, Alice respondeu com muita polidez, “pois eu mesma não consigo entender, para começar; e ser de tantos tamanhos diferentes num dia é muito perturbador.”
Alice no País das Maravilhas - Lewis Carroll - pág. 45

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