22.7.07

Silêncio.

Ando me perguntando por que não escrevo mais. Ou não escrevo mais como escrevia antes. Não sei a resposta, mas ouso fazer algumas hipóteses.
Falta de tempo é a primeira e mais óbvia: escrevia muito até para preencher um tempo ocioso e, atualmente, ainda que tenha vontade de escrever, muitas vezes a fadiga me impede até mesmo de ligar o computador.
Outra possibilidade seria a falta de assunto. Não escrevo por dever, não sou cronista de jornal. Escrevo por impulso, por vontade, sinto que devo escrever. Mas, ultimamente, não tenho tido este sentimento. Então não adianta, porque um post burocrático a estas alturas dos acontecimentos é totalmente descartável.
Por último, levanto a derradeira hipótese: não escrevo porque não quero compartilhar meus sentimentos - ainda que talvez ninguém leia este blog! Desejo conservá-los quentinhos, aninhados dentro de mim. Não levá-los para a rua, não expô-los ao escrutínio alheio. Desejo mantê-los sós, a salvo, dentro de mim, longe do olhar e do conhecimentos dos outros. Como um bebê que é gestado. Como uma idéia, que tem a enorme pretensão de acontecer.
Pronto. Não é que eu escrevi?

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