De volta à academia. Já me sinto mais magra. E já falei besteira, no primeiro dia.
Voltei pra academia. Sabe como é: preciso me livrar desta mega barriga que me incomoda e o único caminho é o sofrimento mínimo (musculação), já que o máximo (dieta) é absolutamente impensável neste momento. E que não me venham com aquela besteira de "cortar doces e carboidratos", porque senão, o que vou cortar é o pulso! Mas enfim: voltei à academia. Aí, não tem como escapar daquele momento terrivelmente constrangedor: a avaliação funcional. Eu ali, de top e calça de cotton sendo medida por aquele cara todo seco, sem uma maldita gota de gordura em todo o corpo. Enquanto finjo que isto é uma situação suuuuper normal, tento me distrair, pensando: "Daphne, ele não está prestando nem um pouco de atenção em você. Imagine quantas meninas perfeitas ficam nestes trajes, diariamente, na frente dele! Todas durinhas, sem barriga, com uma super panturrilha e uma bunda agressiva (como diria Suzi), daquelas que parecem te esmurrar por debaixo das calças arrochadas de lycra. Portanto, relaxe, ele faz isto toda hora, é profissional". E, com estes pensamentos, vou me acalmando e me sentindo menos ridícula. Mas também, menos atraente. Ah, mas também me sinto mais. Mais barriguda e mais flácida que qualquer mulher da Terra! Anyway, deixe-me continuar... Hora de fazer a série. Mas antes, pausa pro lazer: encontro, por sorte, o professor mais bonito da academia e descubro que ele continua bonito. Ele me lembra o Hugh Jackman e suspiro pensando que ele seria um Wolverine perfeito. Mas, preciso voltar ao que interessa: hora de fazer a série. Beleza, vou fazer com um professor bem bacana, com o qual me sinto à vontade. E é aí que mora o problema - e, também, a graça deste post. Digo-lhe quais os meus objetivos, ele explica o que prescreve para eu fazer e vamos "passar" os exercícios. Um dos meus principais tópicos foi corrigir a postura. Então, num determinado aparelho, pergunto qual o resultado proporcionado. O professor explica que trabalha peito, mas de forma a não deixar os ombros virem para frente, que é justamente a minha queixa. Ele ainda explica que todos os outros aparelhos provocariam um encurtamento, que, novamente, vai contra o meu pedido de corrigir a postura. Ao término da explicação, concordo com tudo o que ele diz, assentindo com a cabeça e declaro, bastante convicta: "tá ótimo, o que eu quero mesmo é abrir". Ele só diz: "ops"! E eu me calo.
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