6.8.06

Eu não gostava. Mas agora gosto.

"Eu gosto de ser mulher, sonhar arder de amor ..." Eu não gostava dessa música. Implicava já com o início: achava piegas, brega, bobinho. Na verdade, nunca havia entendido a diferença "mental" de se sentir mulher ou homem. Achava que, no final, éramos todos humanos, com algumas diferenças, mas sem esta especificidade de "ser mulher" e "ser homem". Não negava as singularidades de cada um, mas não entendia como seria este "sentir-se" de um ou outro jeito. Mas hoje eu ouvi esta música e olhei de outra maneira pra ela. Ou ouvi, tanto faz. O fato é que eu finalmente compreendi ao que ela se referia. Que forma era essa: mais arredondada, mais suave, mais saborosa e, principalmente, mais quente. "De ser feliz e sofrer, com quem eu faça calor... Esse querer me ilumina".
"E eu não quero amor, nada de menos. Dispense os jogos desses mais ou menos. Prá que pequenos vícios, se o amor são fogos que se acendem sem artifícios ?"
Estes versos falam por si. Acho que qualquer comentário meu é redundante. Só um detalhe: faço coro, não quero nada de menos.
"Minha vida me alucina. É como um filme que faço. Mas faço melhor ainda do que as estrelas..."
Sempre vi a minha vida como um filme...onde houvesse alguém assistindo, uma mistura de narrador e espectador. Um espectador que avaliasse e julgasse minha performance. E sempre com trilha sonora, claro.
"Então eu digo: amor, chegue mais perto. E prove ao certo qual é o meu sabor. Ouça meu peito agora, venha compor uma trilha sonora, prá o amor..."